Segundo estudo da KPMG, essas são as vertentes que mais receberão investimentos e implementações; condução autônoma acabou preterida por empresas.
Em entrevistas com líderes globais da indústria de semicondutores, a KPMG analisou que as tecnologias como 5G, inteligência artificial e Internet das Coisas foram aceleradas internamente devido ao impacto da Covid-19.
De acordo com o levantamento 59% dos respondentes indicaram que priorizarão esses sistemas no que diz respeito a investimento, crescimento e implementação; na contramão, o desenvolvimento de hardwares e softwares voltados ao desenvolvimento de carros autônomos tende a cair cerca de 27%.
“A covid-19 mobilizou os líderes de semicondutores para rapidamente tomarem decisões no curto prazo, e com implicações de longo prazo talvez ainda não totalmente compreendidas. Conforme as cadeias de suprimentos globais e o funcionamento das empresas no dia a dia são afetadas, muitos executivos da indústria estão se concentrando em medidas de resiliência para garantir que os riscos para funcionários e clientes sejam antecipados e gerenciados”, afirma o sócio-líder de tecnologia da KPMG no Brasil, Felipe Catharino.
Quando se fala em crescimento, 59% dos líderes globais deste segmento acreditam que haverá uma queda de 1 a 10% na receita da indústria em relação ao mesmo período do ano anterior. Já 23 % acham que o crescimento será de 1 a 10%; e 18% apontam que o setor não será afetado nem com queda e nem com crescimento.
Na hipótese de a situação da covid-19 ser solucionada até 30 de junho deste ano, 77% afirmaram que esperam que a empresa que lideram retorne às operações comerciais dentro de um trimestre e 59% deles acham que o retorno da geração de receita acontecerá entre um a dois trimestres.
Ações de curto e longo prazos do setor de semicondutores
Dentro da pesquisa, a KPMG indicou que a principal ação de curto prazo que líderes entrevistados estão adotando nas empresas para responder à Covid-19 foi a flexibilização de arranjos de trabalho alternativos para os funcionários (trabalho em casa, horário flexível, garantir licenças de VPN).
Em segundo lugar, estão a garantia que os fornecedores e parceiros da cadeia de suprimentos tenham planos de continuidade de negócios; envio de comunicações regulares à equipe sobre os processos que estão sendo implementados para protegê-la e para manter as operações críticas; e a manutenção da vigilância cibernética conforme os planos de trabalho remoto e de contingência de negócios são implementados.
Já a longo prazo, 55% dos entrevistados esperam revisar os planos de continuidade de negócios e implementar atualizações tecnológicas, como tecnologias de colaboração, de nuvem e automação. Já 23% esperam aumentar a diversidade geográfica da cadeia de suprimentos, incluindo fundição externa e parceiros externos de montagem e teste de semicondutores.
Fonte: Computer World